5.12.10

Qual baleia azul
respirando géiseres,
entrou em página errada
encharcado,
árvores e plumas de aves brancas,
e junto a mim se anichou,
lancinante.
Morto-vivo, meu amor, como valia
muito mais espreitar
os rapazes nos balneários
do que ler nas borras de um bojo
como iríamos morrer,
quem permitiria quebrar todas as chávenas
e rir a rir.
E o que era isso da morte,
essa torpeza do estômago,
fome inacabada,
que pedias porta em porta
depois da greve falir.