Interrompe-me o telefone. Nem sei
o que fazia. A voz publicitária
do outro lado quer confundir-me
o astral. Retiro este corpo imenso
do pesado abraço.
Para onde levarei as chagas desbragadas
do espírito? Por quem me tomam
as chamadas materiais?
Quantos dinheiros precisam de ofender-me,
quanto sal na terra bastará para que morram
todas as aves, para que nada,
nem um filho, nasça nos quintais?
15.2.11
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