8.3.11

Refiro-me ao frio no interior das livrarias,
é bom estar dentro de um esqueleto ainda com lastro.
Nas estantes todas há um ser inteiro, é estranho
quando uma revolução acontece e nada muda,
nem uma flor que, murchando, finde a primavera.
Páginas de nada como os dias que alastram.
O texto nocturno é onde acabamos a beber
as lapiseiras sóbrias, o excesso de dedadas
que deixamos aos detectives selvagens.