Entrego-te os gatos e a tristeza.
Vou deixar Berlim fechada à chave.
Algo de mim há-de restar
que te faça ignorar o mundo.
Deixo o soneto em cima da mesa.
Todo o frio recuperado fica em nome
das crianças com fome.
Se quiseres, a claridade é tua.
Sinto-me lentamente a cair
para fora de ti. Que cidade é esta
que não nos partilha os nomes?
Já é noite, é sempre noite
quando não queremos. Rascunhos
reencontrados entre cinzas.
7.3.12
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