21.3.12

São viciados em cacos, procuram os pilares da terra
em papel extinto, amarelo como o verão.
A língua que falam fala outra língua, estranhas
paredes acendem-se quando o mar está mais perto.
O corso estático observa. É a ciência, concluo,
que nos esverdeia a razão.

Os homens de músculos díspares não partilham
deste olhar. Sangram por detrás da infância em paralelo
com o trabalho de fim de vida. São portadores, essoutros,
de uma espécie de outono, quase frios se aproximam
da humanidade. O fim da luz, não o recomeço,
A passagem da luminosidade a um estado de doença,
canibaliza a paixão e o desejo.

A irmandade rompeu a aliança antiga, assim os fantasistas
se imolam na crítica. As ilhas estão de costas voltadas,
só o mar ainda liga a mente ao corpo,
os beijos proliferam nos ventres anfíbios. Há uma certeza,
porém: seus atos estão reféns da maldade.
Não os nossos, avatares da poesia.