São rosas que
procuro no teu rosto,
flores que não
há em terra ardente;
em vulcão
escarpado não há dores
como aquela que
me dás em frente ao rio.
Sob os
escombros nasce uma serpente
que se enrola
ao pescoço, que se cola às mãos
e morde as
dunas enquanto nas dunas se agita
uma pintura
abstrata que se inclina ao toque.
Dá-me a tua
boca, não os dentes, meu amor,
o metálico caminhar
ao lado do vento
que sacode o
silêncio do dorso das planícies.
Estende a
barriga através dos campos,
semeia a
gloriosa linha que te faz sentar
na pose
curvilínea do crepúsculo.
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