13.7.16

Sinto as vértebras descontraírem-se num espasmo
de séculos, a boca secar no líquido amniótico
de todas as ausências; sinto o equilíbrio
complicar as frases ulteriores como galhos frágeis.
O pior já passou. As tuas mãos de lua inferior
minguam perante o soberano rigor do amor,
As tuas palavras tecnológicas e superiores
só conseguem definir a linha lenta do sismo.
O que brota e germina na terra das aflições
esburaca-me o peito como uma broca de magma,
aparafusa uma placa de cimento em todas as ilusões.
Já me servia do teu corpo apesar da noite
com toda a contenção própria dos perdidos

que caminham sem conhecer o interior dos vulcões.