17.10.08

O contínuo alinhamento dos automóveis
demonstra ipso facto o fracasso do modernismo.
Qualquer iluminista sublinhará a circunstância recente
do crescente défice da razão em detrimento
do peso metafísico das ciências ocultas
não obstante o sol e a lua e o peso enfermo das tradições.
Sempre que à montanha nos fazemos, apetece-nos saltar
para o níveo cume de modo a experimentar a emoção
do voo sideral, de possuir outra gordura, de ser asas
muito depois da morte. Não creio mesmo que pensemos
ser possível morrer. Enquanto relacionarmos
a carga de exportações com o processo do nosso quotidiano
nunca seremos capazes de eclodir como as tartarugas.

Sem comentários: