Não mudes depois da morte, não cantes
a morte ainda em vida, quero ter os anos
verdes da tua pele, o cinzel e as tintas
enclausuradas nos teus olhos, nas mãos
que me pertencem, os teus olhos vivos
Azuis anos de pedra, o poder infinito da cal
entre os dedos escorrendo para a gruta
Se eu vivesse na garganta do oceano,
se eu vivesse nas tábuas, nas dobradiças
e no lençol dourado, tu virias para mim; tu virias?
A morte, não mudes depois da morte
Muitos se entregaram a tentações inúteis,
a insensíveis estados e, no ar, se evolaram,
na névoa, na multidão do centro comercial
e desceram, por seu pé, mar adentro
24.10.08
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