20.3.11

Já não há vírus como os nossos,
não há pólvora como a que amanhece amarela e fria,
no seu encalço as flores derrubam os caminhos.
Os pneus ressuscitam a cada passo, as hélices recusam
a mão refém que lhes entrego, o magma resplandecente, o único leviatão
capaz de recriar os planetas solares e as letras meigas
que por vezes amam e outras vezes negam.
Nem das serras desce o mítico rancor,
a sombra milenar,
nem as cidades rezam; nos oráculos, nos bares, as múltiplas pessoas
sem moral desprezam.
O que fazer das pedras? Onde apertar?
Quantos miasmas mais teremos de exportar? Quantas mais regras?

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